MÚSICA ATRAVÉS DO TEMPO
CAMILA MANDILLO soprano
FILIPE GAIO PEREIRA piano
Concerto comentado por Miguel Azguime
Olivier Messiaen
Vocalise Étude pour l’Enfant Jésus (Vocalise Estudo para o Menino Jesus)
Johann Sebastian Bach
Da Paixão segundo São João, BWV 245 • Zerfließe, mein Herze (Desfaz-te em pranto, meu coração)
Joseph Haydn
De A Criação • Nun beut die Flur das frische Grün (Agora o campo oferece o seu verde fresco)
George Frideric Handel
Do Messias, HWV 56 • Rejoice Greatly, O Daughter of Zion (Exulta de alegria, ó filha de Sião)
Wolfgang Amadeus Mozart
Da Missa em Dó menor, K. 427 • Et incarnatus est (E encarnou)
Olivier Messiaen
De Chants de Terre et de Ciel • VI: Résurrection (Ressurreição)
Richard Strauss
De Oito Poemas de “Últimas Folhas” de Hermann von Gilm
• III. Gebet für die Nacht (Oração para A Noite)
• VIII. Allerseelen (Dia de Finados)
Franz Schubert
Gebet auf das Fest Allerseelen (Oração para a Festa de Finados)
Produção Miso Music Portugal
BIOGRAFIAS
Camila Mandillo
A soprano Camila Mandillo é atualmente artista em residência na Queen Elisabeth Music Chapel (Bélgica), sob a orientação de Sophie Koch e Stéphane Degout.
Formada com distinção pela Hochschule für Musik Hanns Eisler Berlin, completou a licenciatura e o mestrado sob a orientação de Martin Bruns e Uta Priew, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Recebeu também bolsas de mérito como Deutshland Stipendium; Yehudi Menuhin Live Music Now Berlin e.V, e DMR Stipendienprogramms imRahmen von Neustart Kultur.
Participou em masterclasses com artistas como Sabine Devieilhe e José van Dam, entre outros nomes de referência.
Apresenta-se regularmente em recitais, produções de ópera e música contemporânea - área onde tem vindo a receber crescente reconhecimento - destacando-se a sua participação como solista nos workshops ENOA “Composing forVoices and Orchestra” com os compositores Kaija Saariaho (2023) e Luca Francesconi (2024) com a Orquestra Gulbenkian; a estreia na produção Neuen Szenen IV na Deutsche Oper Berlin; a abertura das edições de 2022 e 2024 doFestival Música Viva com o Sond’Ar-te Electric Ensemble e com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, respetivamente; e atuações no Art’s Birthday - Euroradio Ars Acustica e no Antwerp Spring Festival com a Orchestre National de Lille.
Colaborou com ensembles como Il Gardellino Orchestra, Orchestre de l’Opéra Royal de Wallonie-Liège, IEMA Ensemble, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Metropolitana de Lisboa e Orquestra Barroca da Casa da música, e desde 2020 participa ativamente em projetos com o Sond’Ar-te Electric Ensemble. Figura como uma das intérpretes principais nosWorld New Music Days 2025 em Lisboa, com destaque para o concerto de abertura no Centro Cultural de Belém.
Após nomeação conjunta da Fundação Calouste Gulbenkian, Casa da Música e BOZAR, foi selecionada pela redeECHO como uma das seis Rising Stars para a temporada 2026–2027, com uma digressão internacional por prestigiadas salas europeias.
Filipe Gaio Pereira
O pianista Filipe Gaio Pereira concluiu a Licenciatura e o Mestrado na Escola Superior de Música de Lisboa, amboscom distinção, onde estudou com o Professor Doutor Miguel Henriques. Posteriormente, prosseguiu os seus estudos naEscuela Superior de Música de Catalunya, em Barcelona, onde obteve um segundo Mestrado em Interpretação de Música Clássica e Contemporânea, também com distinção, sob a orientação de Denis Lossev.
Iniciou a sua formação musical na Escola de Artes do Norte Alentejano, em Portalegre, com a Professora Nataly Klatev.Ao longo do seu percurso, trabalhou com diversos músicos de renome, como Jorge Moyano, Elisabeth Joyé (cravo), Jeffrey Swan, Henri Sigfridsson, Eldar Nebolsin e Milana Chernyavska. Estas experiências contribuíram para a suaversatilidade enquanto pianista, tanto a solo como em contexto de música de câmara.
Apresenta-se regularmente em concerto, em Portugal e no estrangeiro. Como solista, interpretou o Concerto para Piano n.º 23 de Mozart com a Orquestra Sinfónica da ESML e participou em várias transmissões em direto para a Antena 2, no âmbito do ciclo PortugalSom. O seu repertório abrange desde a tradição clássica até à música contemporânea, destacando-se, recentemente, a interpretação do Quatuor pour la fin du temps, de Messiaen.
A música de câmara é um pilar fundamental da sua actividade artística. Tem colaborado com vários agrupamentos e participado em inúmeros projectos, muitos deles envolvendo a estreia de obras contemporâneas. Entre as apresentaçõesde maior destaque contam-se um recital na Antena 2 com estreia mundial de uma obra de Nicholas McNair, a abertura doLiedfest no Teatro Variedades, um recital na Queen Elisabeth Music Chapel (Bélgica) e um concerto no AMARE, em Haia.