PARAÍSO new op-era
co-produção
Uma Nova Op-Era de Miguel Azguime
Com Paraíso, Miguel Azguime propõe uma reflexão urgente e necessária sobre o futuro da humanidade e a relação com a Terra.
Esta Nova Op-Era questiona a visão opressora e uniformizadora da cultura ocidental, que ao impor uma história única — económica, social e cultural — sufoca a extraordinária diversidade de cosmologias e modos de vida.
Em contraponto à lógica globalizante e capitalista, Paraíso evoca o exemplo dos povos indígenas, que preservam uma relação vital e simbiótica com o ambiente e com o planeta.
Neste percurso dramatúrgico, entrelaçam-se três condições humanas fundamentais: o cidadão, o indígena e o refugiado — representando, respectivamente, a pertença ao Estado-nação, a fusão com a terra e a perda de cidadania.
Personagens arquetípicos, humanos e não humanos — uma ave, um rio, uma árvore, uma pedra — ganham voz e pensamento, afirmando a necessidade de uma simbiose profunda entre todos os organismos da Terra.
Paraíso constrói-se como uma parábola contemporânea: atravessa a degradação ambiental e a doença da terra, para, através da tomada de consciência, inspirar caminhos possíveis de regeneração, pertença e esperança.
Numa linguagem que cruza a música, a poesia e o teatro, Miguel Azguime convoca-nos para uma nova escuta do mundo — uma escuta que nos recorda que, no fundo, somos todos indígenas!
Com esta Nova Op-Era, Miguel Azguime continua a explorar a sua maneira única de um espectáculo total, escrevendo simultaneamente a música e o texto. E volta a contar com os seus colaboradores mais próximos: Paula Azguime, Sond’Ar-te Electric Ensemble, Perseu Mandillo, Andre Bartetzki,... e ainda um elenco de excepção entre cantores, músicos e maestro.