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Ópera REGRESSO de João Quinteiro
May
31
7:30 PM19:30

Ópera REGRESSO de João Quinteiro

Ópera Regresso (composição e libreto de João Quinteiro - a partir de poemas de José Mário Silva)

 Cantores
Laura Pimenta (S) - Eurídice
Camila Mandillo - (S) Penélope
Marco Ferreira (T) - Hermes
Diogo Oliveira (B) - Sísifo
João Emanuel Silva (B) - Prometeu
Miguel Azguime (actor) - Homero 

Solistas
Marco Fernandes (Perc)
Salomé Pais Matos (Hp)
Henrique Portovedo (Sax)
Francisco Martins (Ac)
Miguel Amaral (P. Guit) 

Concrète {LAB} Ensemble
Clara Saleiro - (Fl) + (atriz - Ariadne)
Miguel Dias  - (Ob / Aulos duplo)
Tiago Mourato - (Cl) + (actor - Ícaro)
Nuno Caetano - (Tpa)
Tiago Pinheiro (Tpa)
Pedro Rolo - (Tbn)
Miguel Alves - (Tuba)
Nuno Pinto (E. Guit.) + (actor - Orfeu)
Beatriz Costa - (Vln)
Ana Campos - (Vla)
Pedro do Carmo - (Vlc)
Raquel Leite - (CB) 

BILHETEIRA

Equipa

João Quinteiro - Composição, Direção Artística, Libreto (a partir de poemas de José Mário Silva)
Pedro Pinto Figueiredo - Direcção Musical
Tiago Barreiros - Encenação e Luzes
Sinem Tas - Produção Vídeo
Alexandre Furtado - Apoio Técnico
Afonso Gonçalves - Apoio de Palco

“Todos os caminhos levam à noite,

à sua cilada de estrelas e penumbra.”  

O tempo mitológico derrama-se aos poucos sobre o quotidiano invisível.  Cinco personagens tangenciais habitam uma Lisboa feita de interstícios e deslumbramento. Cruzam-se, mas mal se vêem. As Madrugadas sucedem-se, entre recantos e falésias, como as marés, repetindo há muito tempo cada gesto.

No Cais do Sodré, Eurídice sai de uma discoteca, apanha o metro e segue para Sete Rios, onde Orfeu espera, ansioso. Eurídice é livre e quer, mais que tudo, poder querer.

São sete da manhã e o medo do desconhecido, como uma serpente, esconde-se entre as sombras ao longo do Rio Pineios de cujo lento correr é um prenúncio que encaminha Eurídice ao submundo.

Através de uma janela na Mouraria, Penélope contempla o Tejo e espera. Em Ítaca, o horizonte encerra o infinito de um Ulisses ausente, que “anda embarcado há muitos anos”, talvez regresse.

Como ontem, é novamente meio-dia, e Penélope espera.

Sísifo conduz um camião de lixo e “já conta os dias que lhe faltam para a reforma”. Ao longe, do Golfo de Corínto só resta a memória, como uma pilha de lixo, rotineira e circular que se ergue e tomba, outra e outra vez.

No cruzamento da Av. de Berna com a 5 de Outubro, Hermes sente “a ferida mais funda”. São nove da noite, mas o tempo rompeu a ilusão de que o passado caminha para diante. “Dizem que ía depressa de mais”. Hermes não viu o semáforo vermelho e agora contempla o silêncio, deitado na ambulância. O sol nasce no Monte Kyllini, os sonhos de Hermes, espalhados pelo alcatrão como uma embarcação frágil que atravessa o mar Egeu.  

Prometeu “confundiu o álcool com o fogo dos Deuses”. Deambula pela noite, porque as gravatas lhe dão asco. Numa taberna na Graça, “a cirrose há muito que lhe devora o fígado, meticulosa e fiel.” As cordilheiras do Cáucaso estendem-se pelo horizonte, enquanto Homero desce do comboio em Santa Apolónia.

 

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Ópera REGRESSO de João Quinteiro
Jun
1
to Jun 2

Ópera REGRESSO de João Quinteiro

Ópera Regresso (composição e libreto de João Quinteiro - a partir de poemas de José Mário Silva)

 Cantores
Laura Pimenta (S) - Eurídice
Camila Mandillo - (S) Penélope
Marco Ferreira (T) - Hermes
Diogo Oliveira (B) - Sísifo
João Emanuel Silva (B) - Prometeu
Miguel Azguime (actor) - Homero 

Solistas
Marco Fernandes (Perc)
Salomé Pais Matos (Hp)
Henrique Portovedo (Sax)
Francisco Martins (Ac)
Miguel Amaral (P. Guit) 

Concrète {LAB} Ensemble
Clara Saleiro - (Fl) + (atriz - Ariadne)
Miguel Dias  - (Ob / Aulos duplo)
Tiago Mourato - (Cl) + (actor - Ícaro)
Nuno Caetano - (Tpa)
Tiago Pinheiro (Tpa)
Pedro Rolo - (Tbn)
Miguel Alves - (Tuba)
Nuno Pinto (E. Guit.) + (actor - Orfeu)
Beatriz Costa - (Vln)
Ana Campos - (Vla)
Pedro do Carmo - (Vlc)
Raquel Leite - (CB) 

BILHETEIRA

Equipa

João Quinteiro - Composição, Direção Artística, Libreto (a partir de poemas de José Mário Silva)
Pedro Pinto Figueiredo - Direcção Musical
Tiago Barreiros - Encenação e Luzes
Sinem Tas - Produção Vídeo
Alexandre Furtado - Apoio Técnico
Afonso Gonçalves - Apoio de Palco

“Todos os caminhos levam à noite,

à sua cilada de estrelas e penumbra.”  

O tempo mitológico derrama-se aos poucos sobre o quotidiano invisível.  Cinco personagens tangenciais habitam uma Lisboa feita de interstícios e deslumbramento. Cruzam-se, mas mal se vêem. As Madrugadas sucedem-se, entre recantos e falésias, como as marés, repetindo há muito tempo cada gesto.

No Cais do Sodré, Eurídice sai de uma discoteca, apanha o metro e segue para Sete Rios, onde Orfeu espera, ansioso. Eurídice é livre e quer, mais que tudo, poder querer.

São sete da manhã e o medo do desconhecido, como uma serpente, esconde-se entre as sombras ao longo do Rio Pineios de cujo lento correr é um prenúncio que encaminha Eurídice ao submundo.

Através de uma janela na Mouraria, Penélope contempla o Tejo e espera. Em Ítaca, o horizonte encerra o infinito de um Ulisses ausente, que “anda embarcado há muitos anos”, talvez regresse.

Como ontem, é novamente meio-dia, e Penélope espera.

Sísifo conduz um camião de lixo e “já conta os dias que lhe faltam para a reforma”. Ao longe, do Golfo de Corínto só resta a memória, como uma pilha de lixo, rotineira e circular que se ergue e tomba, outra e outra vez.

No cruzamento da Av. de Berna com a 5 de Outubro, Hermes sente “a ferida mais funda”. São nove da noite, mas o tempo rompeu a ilusão de que o passado caminha para diante. “Dizem que ía depressa de mais”. Hermes não viu o semáforo vermelho e agora contempla o silêncio, deitado na ambulância. O sol nasce no Monte Kyllini, os sonhos de Hermes, espalhados pelo alcatrão como uma embarcação frágil que atravessa o mar Egeu.  

Prometeu “confundiu o álcool com o fogo dos Deuses”. Deambula pela noite, porque as gravatas lhe dão asco. Numa taberna na Graça, “a cirrose há muito que lhe devora o fígado, meticulosa e fiel.” As cordilheiras do Cáucaso estendem-se pelo horizonte, enquanto Homero desce do comboio em Santa Apolónia.

 

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ópera  A LAUGH TO CRY de  Miguel Azguime
Apr
10
5:30 PM17:30

ópera A LAUGH TO CRY de Miguel Azguime

Sond’Ar-te Electric Ensemble apresenta A LAUGH TO CRY de Miguel Azguime

10 de Abril | 17h30

Pedro Neves direcção
Camila Mandillo soprano
Andrea Conangla soprano
André Henriques baixo barítono
Miguel Azguime recitante
Jade Mandillo recitante

Sond’Ar-te Electric Ensemble

Sílvia Cancela flauta
Nuno Pinto clarinete
Vítor Vieira violino
Jorge Alves viola
Luís André Ferreira violoncelo
Francisco Cabrita piano
João DIas percussão

Miguel Azguime libreto, música
Paula Azguime encenação
Andre Bartetzki live electronicsdirecção tecnológica
Perseu Mandillo VFX & 3D, fotografia 
Margarida Moreira luz
Miso Studio técnica

A Laugh to Cry 
com música e libreto multilíngue de Miguel Azguime é um teatro metafísico que põe em música e em cena arquétipos eternos. 
Reflectindo sobre a devastação da Terra, sobre a barbárie da guerra, sobre a destruição da Natureza, sobre o poder hegemónico do “mercado” e a consequente aniquilação das culturas, sobre a perda da memória civilizacional, especula e confronta-nos com o possível colapso da humanidade mas também com o seu eventual renascimento.A interpretação envolve também 7 instrumentos acústicos: flauta, clarinete, violino, viola, violoncelo, piano e percussão e meios electrónicos em tempo real. A encenação assenta em projecções vídeo múltiplas construídas em simbiose a partir da música e do texto.

A interpretação envolve também 7 instrumentos acústicos: flauta, clarinete, violino, viola, violoncelo, piano e percussão e meios electrónicos em tempo real. A encenação assenta em projecções vídeo múltiplas construídas em simbiose a partir da música e do texto.


Um projecto Miso Ensemble / Miso Music Portugal / Sond’Ar-te Electric Ensemble

Encomenda do Warsaw Autumn Festival e Ernst von Siemens Music Foundation.

Apoio figurinos:

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Bartolomeu, o voador  ópera de Jaime Reis
Feb
19
6:00 PM18:00

Bartolomeu, o voador ópera de Jaime Reis

Escola Artística de Música do Conservatório Nacional

Ruben Saints · encenação Coro Compasso, dirigido por Teresa Cordeiro Classe Música Contemporânea, dirigida por Jorge Sá Machado Bartolomeu, o voador, à memória de Bartolomeu de Gusmão e José Saramago, é uma obra didáctica para coro infantil, narrador e electroacústica que resulta de uma Encomenda A.P.E.M. / Cantar + (F.C.Gulbenkian), Arte no Tempo e Câmara Municipal de Seia, e outras pequenas peças para instrumento e electroacústica.

Foi concebida para permitir a sua interpretação total, com elementos teatrais, música e dança, ou em fragmentos.

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Home Sweet Sound ópera de Vítor Rua  • Joana Gama
Sep
10
to Sep 11

Home Sweet Sound ópera de Vítor Rua • Joana Gama

  • O'culto da Ajuda Miso Music Portugal (map)
  • Google Calendar ICS

(ÓPERA - Teatro Musical: para uma performer pianista, melódica, metrónomo, electrónica em tempo-real, objectos do dia-a-dia, suporte digital)

Sinopse

O encontro entre Joana Gama e Vítor Rua é uma viagem idiomática, painel de linguagens entre os tutti; a variação e a multiplicidade idioletal torna insusceptível qualquer classificação estilística e tipológica unívoca, pois é uma montagem heterofónica; é um fluxo descontínuo e desconstrutivo, com diferenciadas frentes idioletais e idiomáticas. O idioleto, ou seja, o discurso singular e privado destes músicos, é uma função esquizóide, impõe o seu selo a toda a sintomatologia, exibe um código, privado e independente, de um só locutor, emerge da significação catártica da experiência musical.

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