FONOVOZ 2025 • Dissonância Dissidência •  Encontros de Poesia Sonora - Sound Poetry Meetings
Oct
10
to Oct 11

FONOVOZ 2025 • Dissonância Dissidência •  Encontros de Poesia Sonora - Sound Poetry Meetings

BILHETEIRA | Passe FONOVOZ

PROJECTO MISO MUSIC PORTUGAL
Curadores | Curators: Manuel Portela & Rui Torres

Os curadores do evento, Rui Torres e Manuel Portela, deram recentemente uma entrevista à Antena 2, conduzida por Pedro Boléo, na qual apresentam o evento:
https://www.rtp.pt/play/p8534/e878184/musica-de-invencao-e-pesquisa

10-10-2025 


16H30–17H00
> FonoVoz / PhonoVoice: VideoBox – vídeos de performances de poesia sonora em grande ecrã / videos with sound poetry performances on big screen: Katalin Ladik, Tomomi Adachi, Jaap Blonk

17H15–18H30
> Mesa Redonda / Round Table: Miguel Azguime, Rui Torres, Fernando Aguiar, Alessandra Eramo

21H00–22H00
> Performance: Fernando Aguiar 
22H00–23H00
> Performance: Alessandra Eramo

11-10-2025 


16H30–17H00
> FonoVoz / PhonoVoice: VideoBox – vídeos de performances de poesia sonora em grande ecrã / videos with sound poetry performances on big screen: Zuzana Husárová, bpNichol, Steve McCaffery, Paul Dutton

17H15–18H30
> Mesa Redonda / Round Table: Manuel Portela, Rui Torres, Sara Belo, Dirk Huelstrunk

21H00 – 22H00
> Performance: Dirk Huelstrunk 
22H00 – 23H00
> Performance: Sara Belo


PHONOVOICE 2025 - Dissonance Dissidence

 The 2025 PHONOVOICE meeting was conceived from the articulation of the pair of words "dissonance" and "dissidence." The sonic modulation that combines the two concepts stems from these two questions: how can we evoke the current political moment through sound poetry? What can the voice do against the violent language of power? The four authors were invited to prepare their performances based on this idea, including the creation of an original piece. The same principle was used in the curation of the videos, selected from historical and contemporary practices, based on the premise that the sound poem can be produced and listened to as an exercise in the politics of language.

PHONOVOICE: Sound Poetry Meetings

 The term “sound poetry” encompasses a broad spectrum of practices, ranging from the Futurist and Dadaist phonetic poetry of the early 20th century to electronic sound poetry of the early 21st century. In its beginnings, it was the alphabetic notation itself that supported the permutation of sounds of the human voice beyond the infrastructure of words and language. With the invention of magnetic tape and later the digital computer, the manipulation of the acoustic properties of the voice through recording expanded expressive possibilities. Furthermore, experimentation with the body's capabilities of articulation and sound emission gave rise to unique performative techniques. This historical intersection between writing, media technologies, and vocal practices has resulted in a profusion of genres and forms of sound poetry, some of which are closer to the arts of music than to the arts of language.

 The PHONOVOICE meetings present a sample of contemporary sound poetry in which both the formal and technical diversity and the creative force of this artistic and literary practice are recognized. PHONOVOICE takes the tension between pre-linguistic, linguistic, and post-linguistic as a curatorial criterion. If sound poetry can be described as a way of using and listening to the voice beyond its differential articulation into signs, this purely acoustic perception is intensified by the recognition of the fragmentary and decomposed presence of the word. It is about focusing our attention on this oscillation between phonographic perception and vocal perception, which allows us to listen to the sounds of language and the sounds of the voice simultaneously. Sound poetry offers us an art of language as an emerging process of the human body's phonating machine. It is this machine in action that the invited artists will allow us to see and hear in live performance. 

FONOVOZ 2025 - Dissonância Dissidência

O encontro FONOVOZ de 2025 foi concebido a partir da articulação do par de palavras “dissonância” e “dissidência”. A modulação sonora que associa os dois conceitos parte destas duas perguntas: como evocar o momento político presente através da poesia sonora? O que pode a voz contra a linguagem violenta do poder? Os quatro autores foram convidados a preparar as suas performances a partir desta ideia, incluindo a criação de uma peça original. O mesmo princípio foi usado na curadoria dos vídeos, selecionados do arquivo histórico e contemporâneo, com base na premissa de que o poema sonoro pode ser produzido e escutado como um exercício de política da linguagem.

FONOVOZ: Encontros de Poesia Sonora
A expressão “poesia sonora” designa um espectro muito amplo de práticas, que se estendem da poesia fonética futurista e dadaísta das primeiras décadas do século XX à poesia sonora eletrónica das primeiras décadas do século XXI. Nos seus inícios, era a própria notação alfabética que suportava a permutação de sons da voz humana para além da infraestrutura da palavra e da língua. A partir da invenção da fita magnética e, mais tarde, do computador digital, a manipulação das propriedades acústicas da voz através da gravação expandiu as possibilidades expressivas. Além disso, a experimentação com as capacidades corporais de articulação e emissão de som deu origem a técnicas performativas singulares. Esta intersecção histórica entre escrita, tecnologias mediais e práticas vocais originou uma profusão de géneros e formas de poesia sonora, algumas das quais mais próximas das artes da música do que das artes da linguagem.

Os Encontros FONOVOZ apresentam uma amostra da poesia sonora contemporânea na qual se reconhecem quer a diversidade formal e técnica, quer a força criativa desta prática artística e literária. FONOVOZ toma a tensão entre pré-linguístico, linguístico e pós-linguístico como critério curatorial. Se a poesia sonora pode ser descrita como um modo de usar e escutar a voz para lá da sua articulação diferencial em signos, esta perceção puramente acústica é intensificada pelo reconhecimento da presença fragmentária e decomposta da palavra. Trata-se de situar a nossa atenção nessa oscilação entre perceção fonográfica e perceção vocálica, que nos permite escutar os sons da língua e os sons da voz ao mesmo tempo. A poesia sonora oferece-nos uma arte da linguagem enquanto processo emergente da máquina fonadora do corpo humano. É essa máquina em ação que os artistas convidados nos permitirão ver e ouvir ao vivo.



ARTISTAS CONVIDADOS

Fernando Aguiar (PT) é um artista visual, poeta e performer cujo trabalho explora as intersecções entre linguagem, visualidade e ação. A sua prática artística abrange a poesia visual e sonora, a performance, a instalação, a arte pública e a produção de livros, com especial enfoque na presença material e espacial da palavra. Um aspeto central do seu trabalho é a materialização performativa da linguagem, fazendo a voz, o gesto e o texto convergir em intervenções site-specific e, frequentemente, de grande escala. Desde a década de 1980 que tem sido uma figura fundamental no desenvolvimento e na divulgação internacional da poesia experimental portuguesa, sendo curador de festivais, exposições e antologias que moldaram a área. A sua investigação sobre as dimensões visuais e sonoras da letra e da palavra continua a expandir as possibilidades de expressão poética cruzando diferentes média e disciplinas. https://po-ex.net/tag/fernando-aguiar/

Alessandra Eramo (IT/DE) é uma artista, vocalista, performer e compositora radicada em Berlim, cujo trabalho abrange a performance e a instalação, a poesia sonora, o vídeo e o desenho, explorando os territórios acústicos latentes da voz e a natureza sociopolítica do ruído. Desenvolve projetos de arte multimédia e performances ao vivo que abordam questões de corpo, memória, migração e identidade, incorporando frequentemente ações participativas, gravações de campo, métodos site-specific e abordagens experimentais de composição. A expansão da voz em todas as suas formas e implicações em contextos sonoros e visuais é central na sua prática, esbatendo as fronteiras entre géneros e tradições. A sua investigação atual investiga a materialidade da voz, a tensão entre vocalidade e escrita, e os rituais performativos do som. Aprendeu canto clássico, piano e teoria musical desde criança, licenciou-se em Belas Artes e concluiu o mestrado em Estudos de Performance. https://www.ezramo.com/

Sara Belo (PT) é actriz, cantora, professora de voz  e experimentalista vocal.
Obteve o Doutoramento em Artes Performativas e da Imagem em Movimento pela U.L. com a tese "A Voz como impulsionador da Criação Cénica – A Pré-voz como alicerce de um Teatro Vocal". É Especialista em Voz (I.P.L.) e Mestre em Estudos de Teatro (Faculdade de Letras). Licenciada pela E.S.T.C., onde leciona Voz desde 2004, estudou Canto na Escola de Música do Conservatório Nacional. Trabalhou com encenadores como João Brites, João Mota, Jorge Silva Melo e Carlos Pessoa, e colaborou com compositores como Jorge Salgueiro e Daniel Schvetz, com quem gravou o CD "Canção de Vidro". Em 2022, foi Beatriz no último espectáculo a partir da trilogia de Dante, Paraíso, estreada no T. N. D. Maria II. Como experimentalista vocal destaca o duo aCorda (prémio Jovens Criadores 2008 – CPAI) e a sua primeira criação em 2014 — MAGMA, solo vocal — no Teatro Meridional e o recente CD lançado em 2024 "Voz Nua".  Ultimamente integrou o elenco de Orpheu , de Diónysos e de Medeia com texto original de Hélia Correia, dirigida por Pedro Ramos.

"A voz é o meu território de investigação e descoberta há décadas, cruzando o teatro e a música em múltiplas vertentes. Neste concerto, surge como matéria de composição a solo. Entre riso e choro, desejo e pintura, bordões e silêncio, encontro ecos de Francis Bacon, a serenidade de Meredith Monk, o humor de Cathy Berberian, a densidade de Roy Hart, a excentricidade de Fátima Miranda e a subversão de Enrique Pardo. Este concerto é uma viagem entre memória, improvisação, comoção e catarse." 

 Dirk Huelstrunk (DE) é poeta sonoro e de spoken word, escritor, professor de escrita criativa e curador de eventos de arte/poesia de Frankfurt/Main, Alemanha. Trabalha com e entre diferentes meios e colabora frequentemente com artistas visuais e músicos. A sua obra centra-se na escrita de poesia para apresentação ao vivo e na criação de poesia improvisada ao vivo e arte sonora com um looper. Huelstrunk tem feito palestras sobre poesia sonora, spoken word, arte marginal, além de workshops de escrita criativa e poesia performativa. Tem programado e apresentado eventos literários, incluindo leituras, debates e espetáculos de poesia. Desde 2020 que realiza podcasts de literatura e poesia.
https://www.dirkhuelstrunk.de/

GUEST ARTISTS

Fernando Aguiar (PT) is a visual artist, poet, and performer whose work explores the intersections between language, visuality, and action. His artistic practice spans visual and sound poetry, performance, installation, public art, and book-making, with a particular focus on the material and spatial presence of the word. A central aspect of his work is the performative embodiment of language, where voice, gesture, and text converge in site-responsive and often large-scale interventions. Since the 1980s, he has been a key figure in the development and international dissemination of Portuguese experimental poetry, curating festivals, exhibitions, and anthologies that have shaped the field. His research into the visual and sonic dimensions of the letter and the word continues to expand the possibilities of poetic expression across media and disciplines. https://po-ex.net/tag/fernando-aguiar/

Alessandra Eramo (IT/DE) is a Berlin-based artist, vocalist, performer and composer whose work spans performance and installation, sound poetry, video and drawing, exploring the latent acoustic territories of the voice and the socio-political nature of noise. She develops multimedia art projects and live-performances that address questions of the body, memory, migration and identity, often incorporating participatory actions, field recordings, site-specific methods, and experimental approaches to composition. Central to her practice is extending the voice in all its forms and implications across sonic and visual contexts, blurring boundaries between genres and traditions. Her current research delves into the materiality of the voice, the tension between vocality and writing, and the performative rituals of sound. She was trained in classical singing, piano and music theory from an early age, she studied Fine Arts and completed her Master's Degree in Performance Studies. https://www.ezramo.com/

Sara Belo (PT) is an actress, singer, voice teacher, and vocal experimentalist.
She holds a PhD in Performing Arts and Moving Image from the University of Lisbon, with the thesis “The Voice as a Driving Force of Scenic Creation – The Pre-voice as the Foundation of a Vocal Theatre”. She is a Voice Specialist (Polytechnic Institute of Lisbon) and has a Master’s degree in Theatre Studies (Faculty of Arts). A graduate of ESTC, where she has taught Voice since 2004, she also studied Singing at the National Conservatoire’s School of Music.
She has worked with directors such as João Brites, João Mota, Jorge Silva Melo, and Carlos Pessoa, and has collaborated with composers including Jorge Salgueiro and Daniel Schvetz, with whom she recorded the CD “Canção de Vidro”. In 2022, she played Beatriz in Paraíso, the final performance of the Dante trilogy, premiered at the National Theatre D. Maria II. As a vocal experimentalist, she highlights the duo aCorda (winner of the 2008 CPAI Young Creators Prize), her first solo creation MAGMA (2014) — a vocal solo premiered at Teatro Meridional — and her most recent CD “Voz Nua”, released in 2024. Most recently, she has been part of the casts of Orpheu, Diónysos, and Medeia, with original text by Hélia Correia, directed by Pedro Ramos.

Dirk Huelstrunk (DE) is a sound poet, spoken word poet, writer, creative writing teacher and curator of art/poetry events from Frankfurt/Main, Germany. He works with and between different media and frequently collaborates with artists & musicians. In his work, he focuses on writing poetry for stage performance and to create improvised live poetry & sound art with a loop station. Huelstrunk lectures on sound poetry, spoken word, outsider art, gives workshops in creative writing and performance poetry. He curates and hosts literary events, including readings, discussions, and poetry stages. Since 2020, he has been hosting literature and poetry podcasts.
https://www.dirkhuelstrunk.de/

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Miquel Bernat • "MINERAL"
Oct
24
7:30 PM19:30

Miquel Bernat • "MINERAL"

BILHETEIRA

Miquel Bernat / percussão

PROGRAMA:
• Pedro LimaOverlapping in 3 Parts (2024) 
• Miquel Oliu – Fondre´s (2018)  
• Carlos Guedes647  Bateqs per a Miq (2024)
• Hara Alonso – Sobre la Suspensión (2024)
• Guillermo LauzuricaHALOS (2025)

MINERAL
Música expressiva a partir da matéria inorgânica

Dos confins do silêncio, emerge o som da pedra, do metal, do ressoar que pulsa nas entranhas da Terra. MINERAL é uma escuta profunda da matéria bruta transformada em arte sonora.
A percussão, esse vasto universo de  instrumentos, objetos e possibilidades, vive hoje um momento único. Como observa Miquel Bernat, estamos perante a fascinante invenção e reinvenção dos instrumentos clássicos; marimba, vibrafone, tímpanos...  e, ao mesmo tempo, convictos na afirmação de um novo repertório que moldará o seu futuro.
Este programa nasce do projeto de Bernat: MINERA - Estudos de Concerto para Vibrafone. Uma viagem que busca expandir os horizontes do instrumento, convocando compositores para criar obras inéditas, introduzindo novas baquetas  - as “Víbridas” - e técnicas inovadoras que desafiam a tradição e reinventam o gesto. Cada peça deste concerto (exceto uma, que serve como eixo de transição entre duas atmosferas) é um laboratório de sensações, uma cartografia do inaudito. Com uma linguagem acessível mas ousada, o vibrafone aqui se abre em flor, desafiando os limites conhecidos, tocando a pele da emoção e a alma do som.

Um convite à escuta do invisível.

Uma celebração da matéria que vibra.

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RePercussion Trio • “Metatempo”
Oct
29
7:30 PM19:30

RePercussion Trio • “Metatempo”

RePercussion Trio • “Metatempo”

Alexandre Silva, Daniel Araújo e Jorge Pereira / percussão


PROGRAMA

• Luís Antunes Pena - Did we speak up
• Maurizio Azzan - Remainscape
• Hugo Vasco Reis - Fragile Movements Towards Absence
• João Pedro Oliveira - Kairos

“Metatempo” é uma proposta musical que se debruça sobre três esferas fundamentais da reflexão acerca do tempo – essa categoria finita e inevitável da existência, da cultura e da música. Sobre esses eixos fundamentais, o RePercussion Trio leva a palco quatro composições originais de Hugo V. Reis, João P. Oliveira, Luís A. Pena e Maurizio Azzan que se inspiraram em trípticos visuais de imagens satélite da Terra (postas ao acesso livre pela NASA) que têm como elementos centrais a atmosfera, o aquecimento global, a presença humana, a vida natural, as catástrofes naturais, o gelo, a neve e a água. Assim, “Metatempo” constitui-se como uma provocação em torno das implicações do tempo, ou da perceção do seu decurso, na sequência de eventos associada à crise climática em dialética com as suas causas e impactos culturais.


RePercussion Trio
RePercussion Trio é um grupo de percussão, criado em 2016, composto por Alexandre Silva, Daniel Araújo e Jorge Pereira. O grupo dedica-se à música contemporânea, experimental e performativa através de encomendas, difusão de obras contemporâneas existentes e criação de concertos próprios para esta formação. Tem como principal foco o desenvolvimento de novas técnicas e instrumentos para percussão, bem como a criação e exploração de novas obras artísticas obtidas através de um contacto próximo com os compositores, por exemplo, em períodos de experimentação conjunta. Estes períodos de experimentação são catalisadores para a génese e consolidação do processo criativo. Ao longo da sua atividade artística, já colaborou com compositores como João Pedro Oliveira, Luís Antunes Pena, Maurizio Azzan, Hugo Vasco Reis, Carlos Guedes, Maria Vittoria Agresti, Olívia Silva e Agnelo Marinho. Desde a sua formação já participou em festivais como o Cistermúsica, Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim, Verão a 2 tempos, Bienal de Valongo e Harmos Festival e foi premiado com o 1º prémio RE_CRE@ (2025), Prémio JovensIntérpretes no Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim (2021), e em 2017, o 2o lugar, Categoria Júnior, CIMCA – Concurso Internacional de Música de Câmara da Cidade de Alcobaça. A sua atividade principal centra- se em Portugal e Suíça.

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Bochmann 75 • Grupo de Música Contemporânea de Lisboa
Nov
8
7:30 PM19:30

Bochmann 75 • Grupo de Música Contemporânea de Lisboa

BILHETEIRA

Grupo de Música Contemporânea de Lisboa


Vasco Pearce de Azevedo
/ Maestro

GMCL
Susana Teixeira / Mezzo-soprano
João Pereira Coutinho / Flauta
Luís Gomes / Clarinete
José Sá Machado / Violino
Ricardo Mateus / Viola
Jorge Sá Machado / Violoncelo
Inês Cavalheiro / Harpa
Dana Radu / Piano
Fátima Juvandes / Percussão

Ricardo Mateus / Coordenação Artística
Fernando Santos / Assistentes

PROGRAMA
• Vasco Azevedo3 Pantoneças (1986/87)
• Christopher BochmannMusette (1995)
• João NascimentoCírculo Azul do Tempo (2021) §
• Christopher BochmannLeituras de Liberdade (2003) §
• Carlos CairesCrossfade (2009)§
• Christopher BochmannRepudiation (2025) §*

* - estreia mundial
§ – encomenda GMCL

Nascido em 1950, Christopher Bochmann tem dividido as suas actividades entre a composição, o ensino e a direcção (principalmente como maestro titular da Orquestra Sinfónica Juvenil) e tem trabalhado no Reino Unido, no Brasil e, desde 1980, permanentemente em Portugal.
“Sou um músico, que não tem vergonha de sentir lágrimas nos olhos”, disse Christopher Bochmann a 4 de Novembro de 2010, no programa de rádio Na Outra Margem de Manuela Paraíso, realizado por ocasião do 60.º aniversário do compositor. “A flexibilidade emotiva na música deve-se à coexistência da intuição com o rigor. É o rigor que nos permite a melhor expressão intuitiva”.
Bochmann está presente na vida musical portuguesa há cerca de 45 anos, tendo desenvolvido uma actividade docente que marcou várias gerações de criadores portugueses. A sua criação prolífica inclui uma ampla lista de obras que abrangem quase todos os géneros musicais, da música para solistas à música orquestral, da música de câmara à ópera...; todas elas sendo marcadas pelo rigor do seu pensamento musical e da sua técnica composicional, mas também não privadas de um impacto emocional profundo.
Neste concerto serão apresentar algumas das obras que Christopher Bochmann escreveu para o GMCL ao longo dos últimos 20 anos, culminando com a mais recente obra do compositor para esta formação. Uma homenagem um compositor/professor não ficaria completa sem apresentarmos obras de ex-alunos, e neste sentido serão apresentadas obras de Carlos Caires e João Nascimento.


GMCL (GRUPO DE MÚSICA CONTEMPORÂNEA DE LISBOA) Em 2020, o GMCL (Grupo de Música Contemporânea de Lisboa) assinalou o seu cinquentenário, nacional e internacionalmente, com diversas celebrações e eventos – concertos, conferências, publicação de livros evocativos e lançamento de um DVD. Depois de um ano dedicado aos seus 50 anos de história e às efemérides evocativas de Jorge Peixinho e Clotilde Rosa, este ano apresentamos Rio do Tempo. Uma temporada de renovação da tradição musical contemporânea, qual fluidez do tempo, trazendo a herança até ao presente, revisitando as origens, sem, no entanto, deixar de construir pontes para a vanguarda da contemporaneidade. Os trabalhos discográficos do GMCL com música de Jorge Peixinho, editados por “La Mà de Guido” (LMG 4004, 4008 e 2147) mereceram o aplauso entusiástico e unânime da crítica especializada, bem como o duplo CD Caminhos de Orfeu (LMG 2115), dedicado a diversas obras encomendadas pelo Grupo. Em 2019, o GMCL editou um disco monográfico dedicado à música de câmara de Filipe Pires (LMG 2159) e em 2020 apresentou um DVD com obras de Constança Capdeville, gravado ao vivo no Teatro Municipal de São Luiz. Para celebrar a temporada 2020 – Três nascimentos: Clotilde Rosa 90 anos (n.1930); Jorge Peixinho 80 anos (n.1940); GMCL 50 anos (n. 1970) – O GMCL editou em parceria com a AVA – Musical Editions dois livros, GMCL 50 Anose Clotilde Rosa – in Memoriam, que se encontram disponíveis no catálogo desta editora.

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João Casimiro Almeida • piano
Nov
15
7:30 PM19:30

João Casimiro Almeida • piano

BILHETEIRA


João Casimiro Almeida / piano

PROGRAMA

• Inés Badalo - Libro de Arena
• Hugo Vasco Reis - Metamorphosis and Resonances
• Luís Antunes Pena - K.U.L.T
• Bruno Gabirro
  per piano
mar
sobre a brevidade

• Bernardo Lima
Seis Hommages para piano
Ace2


João Casimiro Almeida (Cabeceiras de Basto, 1994) | Vencedor de mais de uma dezena de prémios a nível nacional e internacional – 1os Prémios nos Concurso de Piano da Póvoa de Varzim, Concurso Paços’ Premium, Concurso Internacional do Fundão ou nos Prémios David Russell, em Vigo – conta já com uma vasta experiência musical, apresentando-se regularmente como solista. Tendo começado os estudos musicais aos 11 anos, tocou em salas como a Sala Suggia e a Sala 2 da Casa da Música (Porto), o Teatro Cinema de Fafe, o Pequeno Auditório do CCB (Lisboa), o Auditório Martin Codax (Vigo, Espanha), a Ehrbar Saal (Viena, Áustria) e na Sala Lustrzana (Tarnow, Polónia). Foi convidado a participar em diversos festivais, incluindo o 1001 Músicos no Centro Cultural de Belém, o PianoPorto e o 2º Encontro da EPTA Portugal, também no Porto, o Festival Internacional de Piano de Tarnow e o III Festival Internacional de Jovens Pianistas em Amarante. Participou também nos programas televisivos como A Grande Valsa (RTP) e Nota Alta (Porto Canal) e concedeu entrevistas a rádios como a TSF e a Antena 2. Durante o seu percurso teve a oportunidade de trabalhar com diversos pianistas conceituados, que contribuíram para o seu enriquecimento pianístico e musical, tais como Guigla Katsarava, Joaquín Soriano, Leon McCawley, Masahi Katayama, Pedro Burmester, Prisca Benoit, Vincent Larderet e William Fong, entre outros. Em música de câmara, trabalhou com músicos de renome internacional como António Saiote, Filipe Quaresma, Maria Belooussova, Ryszard Woycicki, Suzanne Van Els e Victor Pereira. Integra o Lumennis Trio (formado em 2016, com a clarinetista Diana Sampaio e a violoncelista Ana Mafalda Monteiro), com o qual já se apresentou em diversos palcos por todo o país. O Trio foi já laureado com o 1º Prémio na categoria mais elevada do Concurso de Música de Câmara de Vila Verde e o 2º Prémio no Prémio Jovens Músicos 2018, nível superior. João Casimiro Almeida explora todo o tipo de repertório, de Bach à música dos dias de hoje, tendo estreado a nível nacional diversas obras contemporâneas. Diplomado em Performance de Piano pela ESMAE (Porto), na classe de Madalena Soveral, completou o Mestrado em Performance no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, na classe de Michel Dalberto e Claire-Marie Le Guay. Ao longo da sua formação, foram-lhe atribuídas bolsas de estudo pela Fondation Meyer e pela Fondation Les Amis d’Alain Marinaro. Ensina na Escola Profissional de Música de Espinho, desde 2018

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Temporada de Música de Câmara Jovem 2025 • Duo Ferrão & Cabrita
Nov
16
5:00 PM17:00

Temporada de Música de Câmara Jovem 2025 • Duo Ferrão & Cabrita

Temporada de Música de Câmara Jovem 2025

Duo Ferrão & Cabrita:

Vasco Ferrão / violoncelo

Francisco Cabrita / piano

PROGRAMA
C. Debussy - Sonata para violoncelo e piano em ré menor L.135
Carlos Marecos -O Carro de Jorge Peixinho
O. Messiaen - Quatour Pour la fin du Temps: V. Louange à l'Eternité de Jésus
F. Bridge - Sonata para violoncelo e piano em ré menor, H125

Neste programa diverso, o violoncelista e jovem chefe de orquestra Vasco Ferrão e o pianista Francisco Cabrita dirigem-se ao público com uma proposta musical verdadeiramente eclética, com a tonalidade de ré menor como mote desta tarde. Começando pela eletricidade do impressionismo de Debussy, numa sonata que se mostra complexa dentro da sua condensação, de escrita atrevida e destemida; depois, a textura e sons complexos de Carlos Marecos, alusivos à figura de Jorge Peixinho e a um carro que erroneamente lhe foi associado. Messiaen traz-nos o seu canto e prece alusiva à fé, com o 5º andamento do Quarteto para o fim dos Tempos, icónica obra do século XX - com a linha de piano que se manifesta quase como que um mantra, e a do violoncelo como o canto de um pássaro genialmente abrandado à distorção. Finalmente, o regresso à tonalidade de ré menor com a sonata do compositor romântico inglês Frank Bridge, marcada pelas suas longas e melodiosas linhas, cheias de fulgor, drama e gravitas, finalizando assim uma tarde de música do século XX e XXI.


Vasco Ferrão

Francisco Cabrita

Duo Ferrão & Cabrita
Vasco Ferrão e Francisco Cabrita tiveram o seu primeiro encontro na Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, onde estudaram juntos durante o ensino secundário. A sua colaboração em duo surgiu quatro anos mais tarde, impulsionada não só pela amizade e afinidade pessoal, mas também pela semelhança do pensamento musical dos dois jovens músicos. Tendo-se já apresentado em concerto com diversos programas, o Duo procura explorar tanto o repertório do cânone, como obras menos tocadas que crêem ser merecedoras de mais atenção, passando pela improvisação conjunta. A sua abordagem é caracterizada pela vontade mútua de compreender as obras ao nível mais profundo, ambicionando fundamentalmente uma abordagem à programação musical alternativa e moderna.


Vasco Ferrão
Vasco Ferrão (n. 2002) apresenta-se regularmente como solista, músico de câmara e recitalista em salas como o Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, Casa da Música, C.C. Olga Cadaval, Dusseldörf Tonhalle e Milton Court Concert Hall. Com o Da Caprio, trio com piano do qual é co-fundador, venceu vários concursos incluindo o Prémio Jovens Músicos da Antena 2. Na sua primeira internacionalização, o grupo foi convidado a atuar no festival Schumannfest. 
Começou a aprender violoncelo com Marília Peixoto e teve a oportunidade de ter aulas com Paulo Gaio Lima, Xavier Gagnepain, Pieter Wispelwey, entre outros. Aprendeu música de câmara com Anna Tomasik, Pedro Carneiro, os grupos Trio Catch, Lutosławski Duo, Endellion Quartet, entre outros. Já teve a oportunidade de trabalhar de perto com músicos como András Keller, Richard Tognetti (com a Orquestra de Câmara Australiana) Emilio Pomàrico e Alfred Brendel. Em 2020 radicou-se em Londres para estudar violoncelo com Adrian Brendel e Louise Hopkins, e direção de orquestra com David Corkhill e Tim Redmond na Guildhall School of Music & Drama, gentilmente apoiado pelo Guildhall School Trust. Estudou também vibrafone e piano jazz com os pianistas Kate Williams e Barry Green. Em 2023 foi convidado por Robert Levin a participar na sua aula “Bach’s Tonal Universe”.
Como jovem chefe de orquestra, dirigiu concertos em Portugal, Reino Unido e Alemanha. Trabalha atualmente como maestro assistente da Orquestra de Câmara Portuguesa e da Jovem Orquestra Portuguesa, tendo-se estreado com esta última no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, na Konzerthaus de Berlim e no festival Kultursommer Nordhessen, em Kassel. Foi membro da JOP entre 2017 e 2022.

Francisco Cabrita
O jovem pianista Francisco Cabrita nasceu em Lisboa em 2002, onde iniciou a sua formação musical. Em 2023, concluiu a licenciatura em acompanhamento para piano e música de câmara na Academia Nacional Superior de Orquestra, sob a orientação do professor Paulo Oliveira, tendo prosseguido os estudos na Hochschule für Musik, Theater und Medien Hannover, na Alemanha, com o professor Alexander Schimpf.
Conquistou os primeiros prémios em diversos concursos em Portugal e no estrangeiro, entre os quais o Concurso Internacional Paços Premium 2022 (Portugal), o Concurso Orchestra Ferrucio Busoni Agenzia Promusica 2022 (Itália) e o Concurso Internacional Luigi Cerritelli 2022 (Itália). Teve ainda a oportunidade de participar em masterclasses com Vladimir Viardo, Cristina Ortiz e Gintaras Januševičius, entre outros, e apresentou-se em concertos a solo e de câmara, dentro e fora do país. 
Com um forte interesse pela música contemporânea, o jovem pianista colabora frequentemente, desde janeiro de 2022, com o ensemble de música eletroacústica Sond'ar-te Electric Ensemble e tem participado em diversos projetos de música nova na sua universidade. Interessa-se também profundamente pela improvisação em vários estilos, bem como pela composição, tendo frequentado cursos de improvisação com o professor Noam Sivan, e tendo-se apresentado publicamente como improvisador várias vezes.

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André Teixeira • piano
Nov
22
7:30 PM19:30

André Teixeira • piano

BILHETEIRA

André Teixeira / piano

PROGRAMA

Eva AguilarWithout and Still, para piano preparado amplificado
Eduardo Serra - Peguisma Padadéu e Pipédipo, para piano e eletrónica
William BolcomHymne à l'amour 
Claude VivierShiraz 
Miguel Azguime - Descriptions de la Matière

Neste concerto, André Teixeira reúne um programa variado e único, com peças raramente apresentadas em palco. Destacando o cenário contemporâneo português, toca Descriptions de la Matière (2016), peça para piano e electrónica, do consagrado compositor Miguel Azguime, e obras de dois jovens compositores trabalhadas em direta colaboração: Peguisma Padadéu e Pipédipo (2025) de Eduardo Serra e Without and Still (2022) de Eva Aguilar. Numa abordagem exploratória, o potencial sonoro do piano é expandido com timbres surpreendentes através do uso de técnicas estendidas, da amplificação e da preparação do instrumento com objectos inusitados, como fios de pesca, esferas magnéticas e tiras de feltro colocadas nas cordas.
Ouvem-se também duas peças do século XX, por contraste, mais tradicionais: Hymne à l'amour (1986) do compositor americano William Bolcom, que trouxe ao âmbito erudito influências do jazz; e Shiraz (1977) de Claude Vivier, uma peça escrita numa linguagem serialista, que usa o teclado de uma forma virtuosística, reminiscente de uma toccata.
Com este recital, André Teixeira mostra-nos como, a partir de um instrumento inventado há mais de 300 anos, podemos continuar a expandir o nosso imaginário auditivo e a ser cativados pelo experimentalismo.
– Carlota Carvalho


© João Octávio Peixoto

André Teixeira
André Teixeira é um jovem pianista dinâmico, com um repertório eclético - do século XVIII ao XXI -, refletindo a sua paixão por outras formas de arte, particularmente cinema e literatura.
Tocou a solo, em música de câmara e em diversos ensembles nos Países Baixos, Portugal e França, destacando-se as performances na Muziekgebouw aan 't IJ e Gashouder (Amesterdão), Nieuwe Kerk (Haia), a rádio holandesa NPO Klassiek, o Théâtre Le Granit (Belfort) ou o Teatro Rivoli (Porto).
Entre 2023 e 2025, tem vindo a apresentar-se regularmente em concertos com o saxofonista António Melo, vencedor do Prinses Christina Concours, com o apoio da fundação Kunst in de Kamer.
André venceu vários prémios, incluindo a bolsa Yamaha Music Foundation of Europe (2020), o 3º prémio no Concurso de Piano de Oeiras (2018) e o Prémio Helena Sá e Costa (2017), que o levou a atuar como solista com a orquestra sinfónica da Escola Superior de Música e Artes de Espetáculo (ESMAE).
Além disso, tem uma gravação publicada no álbum de compilação FIMU 2022.
No plano académico, André fez mestrado em piano no Conservatório Real de Haia (Países Baixos), naclasse de David Kuyken. Anteriormente, estudou na ESMAE (Porto), com Pedro Burmester, Miguel BorgesCoelho e Madalena Soveral, e no Conservatório de Música do Porto com António Oliveira.
Teve masterclasses com professores conceituados como Elisso Virsaladze, Frank Braley, Hortense Cartier-Bresson, Birgitta Wollenweber, Oliver Kern, Josep Colom ou Luiz de Moura Castro.
Para além do âmbito performativo, André Teixeira foi co-curador e programador do ciclo de música, teatro e cinema MULTIVERSO, na Tipografia do Conto, entre 2019 e 2020.

andreteixeirapiano@gmail.com
www.youtube.com/@andreteixeirapiano
www.instagram.com/andre_caldeira_teixeira

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Temporada de Música de Câmara Jovem 2025 • Flowing Reeds Duo
Nov
23
5:00 PM17:00

Temporada de Música de Câmara Jovem 2025 • Flowing Reeds Duo

Temporada de Música de Câmara Jovem 2025

“Flowing Reeds Duo”: Maxim Nedobezhkin, Sérgio Gladkyy (acordeão)

• Léon Boëllmann (1862–1897) - Suite Gothique, Op. 25
I. Introduction
III. Prayer
IV. Toccata
• Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840–1893) -The Nutcracker, Op. 71
No. 2. March
No. 4. Trepak (Russian Dance)
• Bogdan Precz (1960–1996) -Toccata
• Wolfgang Amadeus Mozart (1756–1791) - Eine kleine Nachtmusik, Serenade No. 13 in G major, K. 525
IV. Rondo (Allegro)
• Paulo Jorge Ferreira (1966) - Infinito Grego
• Johann Sebastian Bach (1685–1750) & Antonio Vivaldi (1678–1741) - Concerto in D minor
• Vladislav Zolotaryov (1942–1975) - Rondo Capriccioso
• Anatoly Shalaev (1925–1997) - Winter-winter

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Lançamento livro Miso Music Portugal 40 anos
Dec
16
6:00 PM18:00

Lançamento livro Miso Music Portugal 40 anos

Miso Music Portugal, 40 anos

16 dezembro
terça, 18h
Sala Bernardo Sassetti

Lançamento do livro e Cd e concerto com

Clara Saleiro, Pedro Carneiro, Camila Mandillo e João Casimiro Almeida

Fundada em 1985 pelos compositores Miguel Azguime e Paula Azguime, a Miso Music Portugal celebra em 2025 quatro décadas de atividade ininterrupta dedicadas à criação, promoção e difusão da música contemporânea.
Tem sido um pilar essencial na construção do panorama musical português, promovendo a inovação artística, a criação nacional e a articulação com o meio internacional.

Ao longo dos anos, impulsionou e produziu mais de 220 encomendas de obras de compositores e compositoras nacionais e estrangeiros, incluindo óperas, residências artísticas, formações, concertos e o Festival Música Viva, que assinala em 2025 a sua 31.ª edição incluído no World New Music Days em Portugal.
Criou ainda o Miso Studio, o primeiro estúdio dedicado à música electroacústica em Portugal, que continua a ser um centro de referência na produção sonora e na investigação em tecnologias musicais.

Esta efeméride é assinalada com o lançamento de um livro comemorativo que revisita o percurso da Miso, e com a compilação discográfica Obras Incompletas, reunindo composições de Miguel Azguime.
O evento inclui uma conversa com protagonistas e cúmplices de várias gerações, bem como um momento musical com Clara Saleiro, Pedro Carneiro, Camila Mandillo e João Casimiro Almeida, que interpretarão peças emblemáticas do Miso Ensemble.

O livro dos 40 anos da Miso Music Portugal reúne entrevistas, textos e testemunhos de diversas áreas, traçando a história e o impacto da instituição desde 1985. Mais do que um projeto comemorativo, é uma iniciativa inspiradora que liga o passado, o presente e o futuro da criação musical contemporânea.

Obras Incompletas é uma edição em seis volumes da Miso Records, reunindo gravações de obras de Miguel Azguime, compostas entre 2001 e 2024, para formações diversas: solistas, música de câmara, voz e orquestra. A edição conta com a participação de maestros, agrupamentos e intérpretes de grande relevo nacional e internacional.

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 Concerto João Madeira, Carlos Zíngaro, Bruno Parrinha
Jun
19
7:30 PM19:30

Concerto João Madeira, Carlos Zíngaro, Bruno Parrinha

Concerto a trio - Carlos "Zíngaro", pioneiro e mentor da música experimental e indeterminada; Bruno Parrinha, multi-instrumentista (neste caso com o clarinete baixo) e mestre na composição em tempo real; João Madeira, compositor e contrabaixista, fundador da 4DaRECORD, criador e músico em peças como A Máquina Hamlet (Artistas Unidos 2019) ou Parece que o Mundo (ACCCA 2018). Por cada cada performance deste trio - o 'ground-zero' idiossincrático da composição, com especial enfoque no que ainda não foi feito, no que está para vir, com toda a bagagem de 3 gerações de músicos portugueses cruzando os seus liames entre si.

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 Concerto de Laureados do Concurso Folefest
Jun
18
7:30 PM19:30

Concerto de Laureados do Concurso Folefest

Concerto de Laureados - Concurso Folefest

João Dionísio, acordeão

Vitaly Khodosh   Sonata Poema
1. Preludio
2. Toccata
3. Postludio 

W. Semyonov   Don Rhapsodie nº 1 (3º and.)

Francisco Martins, acordeão 
João Pedro Oliveira   Simetrias
Christopher Bochmann  Essay XVIII

antiDuoto

Gabriel Santos, violino | João Dionísio, acordeão
 

Marketa Lastovickova   Fantasia de Càmara

Krzystof Naclicki   Trzy Szkice
1. Andante Cantabile
2. Quasi Valsa
3. Montion Toccata

Richard Gallianno   Sertão (arranjo: Paulo J. Ferreira)

João Dionísio
João Dionísio nasceu em Sintra no ano de 2010. Começou os seus estudos musicais em 2017 na Academia de Música de Alcoitão. Em 2021 foi admitido no instrumento acordeão, na Escola Artística de Música do Conservatório Nacional. Desde aí, frequenta a classe do professor Paulo Jorge Ferreira. Em 2023 participou no Concurso Folefest, onde obteve o primeiro prémio da categoria A e também o prémio de melhor intérprete. No mesmo ano, foi segundo classificado no Concurso Jovem.Com promovido pelos conservatórios oficiais de música, destinado a alunos de todos os instrumentos. Em 2024 participou no programa televisivo Got Talent Portugal onde chegou à fase de apuramento. Participou também no Concurso Folefest 2024, obtendo o primeiro prémio da categoria B e igualmente o prémio melhor intérpete. Nesse mesmo ano, foi o vencedor do 6° Concurso Nacional de Interpretação Contemporânea (categoria básico). Em 2025, com antiDuoto (violino e acordeão) foi o vencedor do prémio música de câmara (nível médio) do Concurso Folefest. Conquistou os seguintes prémios em concursos internacionais: 3° prémio no Concurso Internacional PIF Castelfidardo (categoria B), em Itália (2024) ; 2º prémio no Concurso Internacional de Acordeão de Pula  (categoria C2), na Croácia (2025). Frequentou Master-Classes com os acordeonistas: Paulo Jorge Ferreira, Samuele Telari, José Valente, Ivan Šverko, João Barradas, Geir Draugsvoll e Xu Xiaonan.

Francisco Martins
Francisco Martins (2000), acordeonista de Castelo Branco, a concluir o mestrado em performance pela Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco com o professor Paulo Jorge Ferreira.

Integrante dos Síntese – Grupo de Música Contemporânea, Concrète [Lab] Ensemble, ExoDuo, Lontano Trio e Fragmentos Ensemble. Trabalhou com o Ensemble MPMP e com a Camerata Nov’Arte.

Estreou obras dos compositores: Ângela da Ponte, César Viana, Duarte Dinis Silva, Edward Ayres de Abreu, Hugo Vasco Reis, Ieva Raubytė, João Barradas, João Pedro Oliveira, João Quinteiro, Luís Antunes Pena, Luiz Gonçalves, Mariana Vieira, Marta Domingues, Paulo Jorge Ferreira, Pedro Faria Gomes, Rafael Nunes, Rúben Borges, Rui Dias e Solange Azevedo. Conta com a gravação da obra “Aspen Tree” de Marta Domingues no CD “Raiz do Som 1” (2022) Projeto DME e com a gravação da 7ª Sinfonia de Bruckner com a Camerata Nov’Arte.

Durante o seu percurso, realizou concertos por todo o país, Brasil, Cuba, Espanha, França, Grécia e República Checa. Dos prémios conquistados destacam-se o 2º Prémio de Acordeão do Prémio Jovens Músicos 2022, e o 3º Prémio em Música de Câmara Nível Superior do Prémio Jovens Músicos 2024; o 1º Prémio na Categoria Superior do 5º Concurso Nacional de Interpretação Contemporânea (2023); no Concurso Folefest o Prémio Melhor Intérprete (2019 e 2021) e o 1º Prémio na categoria música de câmara nível superior (2022 e 2024).

antiDuoto

Constituído por João Dionísio (acordeão) e Gabriel Santos (violino), é um grupo de música de câmara formado na Escola Artística de Música do Conservatório Nacional em 2024, sob a orientação do professor Paulo Jorge Ferreira. O duo conquistou o 1º prémio na edição de 2025 do Concurso Folefest, na categoria E - música de câmara nível médio. Um dos objetivos deste Duo é divulgar o repertório original escrito para violino e acordeão.

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HEDERA 4TET · música improvisada
May
17
9:00 PM21:00

HEDERA 4TET · música improvisada

BILHETEIRA

HEDERA 4TET Carlos Zíngaro, Bernardo Aguiar, David Magalhães Alves e Francisco Lima da Silva.

"Cruzamentos Invisíveis - Ecos e Sussuros do Cosmos" de Vítor Rua

HEDERA 4TET
Estabelecido em 2022 a partir de uma incomum e informal experiência entre quatro violinistas, o coletivo Hedera 4tet é um quarteto composto pelos músicos Carlos Zíngaro, Bernardo Aguiar, David Magalhães Alves e Francisco Lima da Silva.

É com esta formação que pretendemos explorar a música nas suas abordagens mais alargadas, entendendo-se a arte sonora enquanto elemento criativo e enquanto elemento determinado e indeterminado, fruto da improvisação e do equilíbrio de contrastes.

Aliam-se neste grupo duas gerações distintas, estabelecendo-se pontes intergeracionais não que ligam mas que se alimentam e definem mutuamente, linhas que identificam e que são transpostas. Percursos e passados próprios que comunicam entre si, não apenas num sentido finito de um “passar da tocha”, mas sim para partilhar a chama, com outros fogos, que se perpetuam, renovam e enriquecem entre si.

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Duo Interdito • O Caderno de Eugénio com obras de jovens compositores portugueses
May
2
7:30 PM19:30

Duo Interdito • O Caderno de Eugénio com obras de jovens compositores portugueses

BILHETEIRA

Duo Interdito
Sofia Marafona / soprano
Duarte Pereira Martins / piano
Adriana Romero / videografia

FOLHA DE SALA

“O Caderno de Eugénio” com obras de jovens compositores portugueses

PROGRAMA
• Erwin Schulhoff • Lieder op. 32
• Wolfgang Rihm • Wortlos
• Camila S. Menino • Nocturno de “Primeiros Poemas”
• Miguel Resende Bastos • Rente ao chão de “Rente ao Dizer”
• Sara Ross • Toda a poesia é luminosa ("Ver claro") de “Os Sulcos da Sede”
• Carlos Lopes • Oiço correr a noite pelos sulcos de “O peso da sombra”
• Pedro Finisterra • Contigo de “O outro nome da terra”
• Fábio Cachão • Lume breve ("O Sal da Língua") de “O Sal da Língua”
• Improvisações

SOBRE O CADERNO
Caderno de Eugénio é o novo projecto do Duo Interdito e nasce da vontade de celebrar o centenário de Eugénio de Andrade (1923-2005), um dos mais aclamados poetas portugueses do século XX, com um estilo inconfundível e muito próprio que lhe conferiu um espaço indefectível na Literatura Portuguesa. No seguimento de trabalhos anteriores em torno da poesia de Charles Baudelaire, a soprano Sofia Marafona e o pianista Duarte Pereira Martins propuseram-se à criação de uma nova perspectiva musical em torno da obra poética de Eugénio. O duo convidou doze jovens compositores portugueses para a escrita de miniaturas para canto e piano, criando assim um novo cancioneiro eugeniano. O objectivo do Duo Interdito é agora apresentar concertos associados à criação destas canções, promovendo a poesia de Eugénio de Andrade e lançando a público as novas composições. Além da ligação entre Literatura e Música, tão cara a Eugénio, o duo procura também o cruzamento entre estas duas artes e a componente visual, oferecendo ao Caderno de Eugénio mais uma interpretação dos poemas escolhidos e a imersão total no universo eugeniano. O espectáculo consiste, pois, num recital de canto e piano, incluindo também uma componente (opcional) de projecção de vídeo, a cargo da videógrafa Adriana Romero.

Duo Interdito on https://www.youtube.com/@interditoduo


O Caderno de Eugénio - Toda a poesia é luminosa | vídeo: Adriana Romero

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Emmanuelle Maggesi  •  CICLO George Crumb
Apr
11
7:30 PM19:30

Emmanuelle Maggesi • CICLO George Crumb

BILHETEIRA

CICLO GEORGE CRUMB

Emmanuelle Maggesi / piano

PROGRAMA
• George Crumb (1929-2022) – “Metamorphoses” Book I (2015-2017):
Ten Fantasy-Pieces (After Celebrated Paintings)
1 – Black Prince - Paul Klee
2 – Goldfish - Paul Klee
3 – Crows over the wheat field - Vincent van Gogh
4 – The fiddler - Marc Chagall
5 – Nocturne : blue and gold (Southampton water) - James McNeill Whistler
6 – Perilous night - Jasper Johns
7 – Clowns at night - Marc Chagall
8 – Contes barbares - Paul Gauguin
9 – The persistence of memory - Salvador Dali
10 – The blue rider - Wassily Kandisky 

[PT]
Emmanuelle Maggesi é diplomada em interpretação, música de câmara e ensino de piano pelo Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Lyon. Especialista em música contemporânea, foi pianista do ensemble Les Temps Modernes durante dez anos, actuando na Europa e no estrangeiro. Em 2006, formou o duo Cthulhu com o percussionista Ying-Hui Wang. Toca a 4 mãos no duo ClairObscur com a pianista Anne Wischik desde 2012.
Professora de piano e coordenadora do departamento de teclado no Conservatório de Dunkerque, Emmanuelle Maggesi divide a sua vida profissional entre o ensino e os projectos musicais.

[ENG]
Emmanuelle Maggesi holds diplomas in performance, chamber music and piano teaching from the Conservatoire National Supérieur de Musique et Danse de Lyon. A specialist in contemporary music, she was pianist with the ensemble Les Temps Modernes for ten years, performing in Europe and abroad. Since 2006, she has formed the duo Cthulhu with percussionist Ying-Hui Wang. She has played 4 hands in the duo ClairObscur with pianist Anne Wischik since 2012.
Currently a piano teacher and coordinator of the keyboard department at the Conservatoire de Dunkerque, Emmanuelle Maggesi divides her professional life between teaching and musical projects.

Emmanuelle Maggesi plays Gaussin in Korea

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DUPLO CONCERTO · DUPLO LANÇAMENTO MISO RECORDS
Mar
29
7:30 PM19:30

DUPLO CONCERTO · DUPLO LANÇAMENTO MISO RECORDS

CONCERTO DE LANÇAMENTO CDS «SONS INTERIORES/INTERIOR DOS SONS» de FILIPE ESTEVES e «EIGHT DIALOGUES» de ARMANDO TEIXEIRA & MIGUEL LEIRIA PEREIRA

Um duplo concerto para celebrar o lançamento dos dois últimos álbuns editados pela Miso Records: "Sons Interiores / Interior dos Sons – uma alquimia doméstica" (música acusmática / electroacústica) de Filipe Esteves e "Eight Dialogues" de Armando Teixeira e Miguel Leiria Pereira (duo de sintetizador Buchla e contrabaixo).

PROGRAMA

• Filipe Esteves: "Sons Interiores / Interior dos Sons – uma alquimia doméstica" (música acusmática / electroacústica)
Filipe Esteves — difusão sonora

• Armando Teixeira & Miguel Leiria Pereira: “Eight Dialogues"
Armando Teixeira — sintetizador Buchla
Miguel Leiria Pereira — contrabaixo

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Francisco Cipriano •  Mãos no Fogo
Mar
28
7:30 PM19:30

Francisco Cipriano • Mãos no Fogo

BILHETEIRA

Mãos no Fogo

Francisco Cipriano / percussão

FOLHA DE SALA

Alvin Lucier - Silverstreet Card for the Orchestra
Pierluigi Billone - Mani.Gonxha
Marta Domingues – Grafia
Textos de Tomás Moital

Sinopse:

Apesar da palavra que o seu nome evoca, o concerto "Mãos no Fogo" assenta na sensibilidade física do intérprete. Partindo de uma vontade de explorar a relação física entre o executante e o instrumento, o programa centra-se na proximidade gestual (touch) do percussionista com os mais diversos instrumentos e objetos musicais. Não só através do contacto direto da mão com as superfícies, a materialização do som torna-se um processo mais físico e humano no trato para com o instrumento.

Francisco Cipriano obteve a sua licenciatura em percussão na Escola Superior de Música de Lisboa e terminou o mestrado em performance, na Hochschule der Künste Bern (Suíça). Foi bolseiro da Fundação GDA e Hirschamann Foundation e galardoado nos principais concursos em Portugal em categoria solo e música de câmara no Prémio Jovens Músicos, nível médio e superior, Concurso Internacional de Percussão da Beira Interior, Concurso internacional de Lagos, entre outros. 

Através de diversos projetos a solo e em música de câmara procura a exploração da música vanguardista, da colaboração e da experimentação. Colaborou com vários grupos como o Ensemble DME, Merak Trio, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Les Percussions de Strasbourg, Ensemble Off, Vertigo Ensemble e o duo Nada Contra. Atualmente dedica-se também à música improvisada, apresentando-se no Festival Robalo, na Penhasco Cooperativa e na Jam Session, no Arroz Estúdios.

Apresentou-se no Festival Jovens Músicos, Festival Les amplitudes, Festival Intinerante de Percussão , Cistermúsica, Musikfestival Bern, Festival Música Viva, Liminal Spaces. Fez encomendas para obras solo de percussão a Tobias Pfeil (Simulation I), João Caldas (Pirâmide de Aristóteles), Marta Domingues (-grafia). Estreou peças de ensemble/ orquestra de Luis Tinoco, Diogo Alvim, Dimitris Andrikopoulos, Miguel Amaral, Luis Cipriano, Francisco Fontes, Hugo Vasco Reis, João Quinteiro, Valerio Sannicandro.

Co-criou, Transformer L’Homme, uma colaboração entre Tomás Moital, Pedro Tavares e Pierre Carré apoiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, Uma outra Bela Adormecida com Beatriz Brás, Martim Sousa Tavares e Francisco Lourenço, Unfold com Kayzer Ballet. Gravou o CD flutuações com a flautista Katherine Rawdon, Times Stand Still com o Ensemble Darcos Times Stand Still. Desde 2021 que procura lançar a sua carreira de freelancer por toda a Europa com foco principal na exploração de Música contemporânea e colaborações regulares com artistas.

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Cláudio de Pina • órgão e electrónica • homenagem a Phill Niblock
Mar
27
7:30 PM19:30

Cláudio de Pina • órgão e electrónica • homenagem a Phill Niblock

BILHETEIRA

Cláudio de Pina • órgão e electrónica • homenagem a Phill Niblock

FOLHA DE SALA

Unmounted / Muted Noun (2019) Phill Niblock (1933-2024) para órgão e electrónica fixa, 25’ *

Nagro (aka – Organ) (2019) Phill Niblock (1933-2024) para órgão e electrónica fixa, 25’ *

* (estreia nacional)

Sinopse:

Phillip Earl Niblock (1933-2024) foi um dos principais artistas nova-iorquinos da música experimental, faleceu em Janeiro de 2024 com 90 anos de idade. Conhecido como compositor, fotógrafo e videógrafo, onde algumas das tentativas de classificar a sua vasta produção têm variado muito, com alguns a rotulá-lo de estruturalista, minimalista, ou simplesmente, artista sonoro. Não obstante, sempre ansioso por desafiar a categorização, Niblock preferiu os termos "compositor" ou "artista intermédia" e afirmou que não existiam linhas conceptuais transversais ao seu trabalho e aos seus diversos meios que comprovassem uma categorização.

Niblock criou a sua música a partir de drones. Drone, palavra em inglês que significa zangão ou abelhão, que podemos traduzir como bordão, ou nota-pedal em português. São sons longos que no caso de Niblock são caracterizados por um acumular de sonoridades que criam entre si um efeito físico, denominado de batimento. Os drones criados por Niblock são gerados electronicamente, gravados, reamplificados e dispostos por vezes numa microtonalidade. Niblock usou inicialmente gravações fita e depois mais tarde a electrónica e o computador. Não obstante, acrescentou à sua sonoridade outros instrumentos capazes de sonoridades sustentadas, acrescentando assim à sua vasta panóplia sonora; o violoncelo, a gaita de fole, o hurdy-gurdy e o órgão, entre outros.
Nesta homenagem iremos apresentar duas obras para órgão de tubos, Unmounted  (2019) e Nagro (2019), encomendas do Festival Musica (Strasbourg) e dedicadas ao organista Hampus Lindwall (1976-). Estas obras serão acompanhadas pela parte A do filme The Movement of People Working (1973). Este filme foi realizado e gravado por Niblock em fita de 16 mm durante as suas viagens a diversos países, onde documentou as actividades e tarefas mundanas desses povos na sua forma mais elementar.           
Nesta homenagem iremos usar diversos órgãos, todos eles com uma génese diferente (órgão Hammond, órgão histórico português, órgão sinfónico alemão e órgão romântico francês, entre outros) que serão dispostos e difundidos no espaço do O’culto através da Orquestra de Altifalantes que desta forma transforma o espaço físico num local telúrico dedicado ao culto do som e da imagem.

Drone music, the sustained tone branch of minimalism (La Monte Young, 2000)

Cláudio de Pina (1977) Artista sonoro, improvisador, organista, compositor e investigador. Titular do órgão histórico da Igreja Paroquial da Ajuda. Investigador integrado do Grupo de Investigação em Música Contemporânea (CESEM, FCSH-UNL). Possui um Diploma de Estudos Avançados em Artes Musicais (FCSH/ESML) no domínio da música contemporânea para órgão. Mestre em Artes Musicais, na área da música electroacústica e música contemporânea para órgão, com distinção no Quadro de Honra, Melhor Mestre 2018/19 (FCSH). Encontra-se actualmente a terminar o doutoramento, na mesma área académica. Foi bolseiro de investigação da FCT de 2021 a 2024. Estudou no Instituto Gregoriano de Lisboa, Hot Jazz Club e Eng. Física na FC-UL. Estudou também com Adrian Moore, Åke Parmerud, Annette Vande Gorne, Barry Truax, César Viana, Eurico Carrapatoso, Gilles Gobeil, Hans Tutschku, Vincent Debut e Trevor Wishart. A sua produção artística e científica centra-se em: análise musical, composição, música electroacústica, música acusmática, paisagem sonora, acústica, síntese sonora, órgão e estudos de interpretação. O seu trabalho tem sido premiado, editado e publicado internacionalmente em eventos como Arte no Tempo, Aveiro Síntese, Binaural Nodar, Encontro Nacional de Investigação em Música, Encontro Internacional de Tecnologia e Música, Festival DME, Festival Música Viva, Festival Curto-cicuito, MUSLAB, Festival Zeppelin, International Society for Contemporary Music, Matera/Intermedia, Nova Contemporary Music Meeting, New Adventures in Sound Art, Perpectivas Sonoras, World Listening Project e L'Espace du Son. As suas obras acusmáticas foram publicadas nas colecções MA/IN 2019Métamorphoses 2020 e Deep Wireless #18 2024, onde foi finalista nestes concursos. Em 2020, publicou Asteroeidēs, música para órgão e electrónica, e Palimpsestus, música acusmática. Em 2022, lançou Avant-garde Organ, uma edição crítica de obras de vanguarda no órgão histórico português. O álbum foi financiado pela Fundação GDA, com o apoio do CESEM, Ministério da Cultura de Portugal, e foi editado pela 9musas e distribuído pela Codax Music. Este álbum teve críticas favoráveis nas prestigiadas revistas Ípsilon, Scherzo e The Wire, para além de ter sido objecto de entrevistas internacionais e de transmissão televisiva e radiofónica. Em 2023, em colaboração com o nova-iorquino Andrew Levine, lançou o álbum Aether Ventus, órgão com sintetizadores modulares e theremin. Realizou o centenário de György Ligeti em 2023 no Museu Nacional da Música e na conferência internacional do NCMM. Executou oito horas do ciclo de obras ASLSP/Organ2 de John Cage no Museu Nacional da Música. Actuou na 30ª edição do Festival Música Viva com estreias de obras para órgão de Bruno Gabirro, Diogo Alvim e Ivan Moody.

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Sond’Ar-te Electric Ensemble  •  Tribuna Internacional de Compositores
Mar
21
9:00 PM21:00

Sond’Ar-te Electric Ensemble • Tribuna Internacional de Compositores

Sond’Ar-te Electric Ensemble · © Perseu Mandillo

BILHETEIRA

O’culto da Ajuda
sexta-feira, 21 de Março, às 21h00
Sond’Ar-te Electric Ensemble sob a direcção de Pedro Neves

Concerto Antena 2


PROGRAMA
· David Miguel · “Gravitas” (2023)
· Monika Szpyrka · “Regrowing” (2023) *
· Carlos Brito Dias · “Do lume que pesa” (2019)
· Miguel Azguime ·“D’un horizon tendu” (2019)
· Valerio Sannicandro · “Reticulatum” (2022)

* estreia absoluta
obra premiada no International Rostrum of Composers da International Music Council

Sond’Ar-te Electric Ensemble

Pedro Neves · maestro
Sílvia Cancela · flauta
Nuno Pinto · clarinete
Vítor Vieira · violino
Filipe Quaresma · violoncelo
João Casimiro de Almeida · piano
João Dias · percussão

O International Rostrum of Composers (IRC) [Tribuna Internacional de Compositores], organizado pelo Conselho Internacional de Música (IMC) criado em 1949 como órgão consultivo da UNESCO, é um fórum internacional de representantes de organizações de radiodifusão que se reúnem com o propósito de trocar e transmitir música contemporânea. Atualmente, mais de 30 redes de rádio nacionais, entre as quais a Antena 2, participam do Rostrum, apresentando cerca de 60 obras compostas nos últimos cinco anos.
Todas as obras apresentadas no IRC são disponibilizadas pela European Broadcasting Union (EBU) para a sua ampla rede de membros e associados via satélite. Estes programas de difusão garantem uma excelente cobertura internacional para os compositores.

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João Madeira "Aqui, Dentro"
Feb
11
9:00 PM21:00

João Madeira "Aqui, Dentro"

BILHETEIRA

João Madeira "Aqui, Dentro"

João Madeira (concepção e contrabaixo)
Cláudio de Pina (electrónica em tempo real)
António Jorge Gonçalves (desenho digital em tempo real)

 FOLHA DE SALA

Sinopse:

Uma narrativa de uma ideia — para uma ideia de narrativa. Aqui, Dentro #3 é uma performance multidisciplinar imaginada por João Madeira, que convida Cláudio de Pina e António Jorge Gonçalves para esta intrépida viagem. João Madeira pretende submeter e partilhar a sua composição original para solo de contrabaixo, através da lente interpretativa do processamento sonoro realizado por Cláudio de Pina e o desenho digital em tempo real realizado por António Jorge Gonçalves. Esta viagem tem o intuito de abrir clareiras dentro do som, de descobrir câmaras escavadas no chão, no solo de uma nota só, desvelando assim — a profundidade eletroacústica dessa escavação. O instrumento é assim tocado a quatro mãos e a duas dimensões e, por sua vez, a música que dele ressoa dá lugar de visibilidade à gestação de uma narrativa imagética, imagem da própria escuta —  o desenho.

António Jorge Gonçalves e João Madeira conheceram-se em 2017 e realizaram duas experiênciasperformativas que culminam agora neste encontro, único e exclusivo no O'culto da Ajuda. A Arte bem documentada de António Jorge Gonçalves fornece a esta viagem uma abordagem única e exclusiva em que o desenho segue o som. Uma sonoridade intuitiva, rude e determinada, perene na própria indeterminação do seu percurso. Uma narrativa sonora inventada durante o acto performativo, como se essa narrativa se gerasse a si própria em uma performance imersiva — tanto no som como na imagem. João Madeira 2025

Bios:

João Madeira (1979) iniciou os estudos de música e contrabaixo no Conservatório de Lisboa, aos 12 anos. Em 2002, publicou “E a Lua Forma-se Luar” (ed. Aríon), resultado de um período em que a expressão através da poesia foi prevalecente. Logo após a sua licenciatura em Musicologia pela UNL foi investigador em etnomusicologia, coordenador de setor de música na função pública, iniciando depois a atividade pedagógica que continua a desenvolver. Como músico estudou diversos idiomas extraocidentais, antes de se dedicar à improvisação livre/composição em tempo real. Colaborou como cocriador, compositor, músico, actor, ou diretor musical, em criações como: “A Fábrica de Nada”, 2005, e “A Máquina Hamlet”, 2020 - Artistas Unidos; “Agora eu era”, 2007, Companhia do Chapitô;Para Acabar, a partir de Artaud”, 2014; “A África de José de Guimarães”, 2012, Jorge Silva Melo - vídeo/documentário; “Parece que o Mundo”, de ACCCA/ C. Andermatt & J.Lucas, 2018, e "Celan", de Intruso / Romulus Neagu 2021 - dança contemporânea; entre outros. É o curador, compositor e diretor do ciclo performativo intitulado Golfo Místico, na galeria Zaratan em Lisboa, desde 2017. Em 2021, apresentou o seu recital solo "Aqui, Dentro" no O'Culto da Ajuda/Miso Music, editado em CD pela Miso Music em 2022. Ainda em 2021 fundou a editora 4DaRecord. Já gravou com Abdul Moimême, Daniel Levin, Dirk Serries, Ernesto Rodrigues, Fred Lonberg-Holm, George Haslam, Helena Espvall, Hernâni Faustino, Luís Vicente, Maria da Rocha, Miguel Mira, Sofia Borges, entre outros.

Cláudio de Pina (1977) Artista sonoro, improvisador, organista, compositor e investigador. Titular do órgão histórico da Igreja Paroquial da Ajuda. Investigador integrado do Grupo de Investigação em Música Contemporânea (CESEM, FCSH-UNL). Possui um Diploma de Estudos Avançados em Artes Musicais (FCSH/ESML) no domínio da música contemporânea para órgão. Mestre em Artes Musicais, na área da música electroacústica e música contemporânea para órgão, com distinção no Quadro de Honra, Melhor Mestre 2018/19 (FCSH). Encontra-se actualmente a terminar o doutoramento, na mesma área académica. Foi bolseiro de investigação da FCT de 2021 a 2024. Estudou no Instituto Gregoriano de Lisboa, Hot Jazz Club e Eng. Física na FC-UL. Estudou também com Adrian Moore, Åke Parmerud, Annette Vande Gorne, Barry Truax, César Viana, Eurico Carrapatoso, Gilles Gobeil, Hans Tutschku, Vincent Debut e Trevor Wishart. A sua produção artística e científica centra-se em: análise musical, composição, música electroacústica, música acusmática, paisagem sonora, acústica, síntese sonora, órgão e estudos de interpretação. O seu trabalho tem sido premiado, editado e publicado internacionalmente em eventos como Arte no Tempo, Aveiro Síntese, Binaural Nodar, Encontro Nacional de Investigação em Música, Encontro Internacional de Tecnologia e Música, Festival DME, Festival Música Viva, Festival Curto-cicuito, MUSLAB, Festival Zeppelin, International Society for Contemporary Music, Matera/Intermedia, Nova Contemporary Music Meeting, New Adventures in Sound Art, Perpectivas Sonoras, World Listening Project e L'Espace du Son. As suas obras acusmáticas foram publicadas nas colecções MA/IN 2019Métamorphoses 2020 e Deep Wireless #18 2024, onde foi finalista nestes concursos. Em 2020, publicou Asteroeidēs, música para órgão e electrónica, e Palimpsestus, música acusmática. Em 2022, lançou Avant-garde Organ, uma edição crítica de obras de vanguarda no órgão histórico português. O álbum foi financiado pela Fundação GDA, com o apoio do CESEM, Ministério da Cultura de Portugal, e foi editado pela 9musas e distribuído pela Codax Music. Este álbum teve críticas favoráveis nas prestigiadas revistas Ípsilon, Scherzo e The Wire, para além de ter sido objecto de entrevistas internacionais e de transmissão televisiva e radiofónica. Em 2023, em colaboração com o nova-iorquino Andrew Levine, lançou o álbum Aether Ventus, órgão com sintetizadores modulares e theremin. Realizou o centenário de György Ligeti em 2023 no Museu Nacional da Música e na conferência internacional do NCMM. Executou oito horas do ciclo de obras ASLSP/Organ2 de John Cage no Museu Nacional da Música. Actuou na 30ª edição do Festival Música Viva com estreias de obras para órgão de Bruno Gabirro, Diogo Alvim e Ivan Moody.

António Jorge Gonçalves (1964) é um autor de banda desenhadacartoonista, performer visual, ilustradorcenógrafo e professor português. É autor de diversas Novelas Gráficas, e tem colaborado com diversos escritores – Nuno Artur Silva, Rui Zink, Ondjaki ou Mário de Carvalho – na criação de livros onde texto e imagem se relacionam de forma exploratória. Criou o projecto Subway Life, desenhando pessoas sentadas nas carruagens do Metro em 10 cidades do mundo. Estes desenhos foram apresentados através de um website, de um livro editado pela Assírio & Alvim, e de uma exposição em circulção. Faz semanalmente cartoon político para o Inimigo Público (suplemento do Público) desde 2003. Estes trabalhos foram também publicados no Le Monde e Courrier Internacional, e premiados no World Press Cartoon. Fez cenografia e figurinos para diversas peças de teatro. Através do método de Desenho Digital em Tempo Real e da manipulação de objectos em Retroprojector de Transparências, tem criado espectáculos com músicos, actores e bailarinos. Escreveu e realizou o filme/espetáculo Lisboa quem és tu? para ser projetado nas muralhas do castelo de São Jorge, em Lisboa. Recebeu em 2013 o Prémio Nacional de Ilustração (Portugal) pelo livro “uma escuridão bonita” (com Ondjaki, Caminho 2013) Entre 2008 e 2015 lecionou "Espaços Performativos "no Mestrado em Artes Cénicas (FSCH, Lisboa). Em 2015 integrou o projecto pedagógico 10x10 da Fundação Calouste Gulbenkian como artista formador.

 

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Barullo Colectivo • concerto Antena 2
Feb
10
9:00 PM21:00

Barullo Colectivo • concerto Antena 2

BILHETEIRA

Barullo Colectivo
José Lencastre – saxofone
Carla Santana – eletrónica
Clara Lai – piano
João Valinho – bateria

Barullo Colectivo é um novo quarteto com base em Lisboa - José, Carla e João; e Clara em Barcelona. Músicos activos e dinâmicos na cena de música improvisada e experimental, reúnem-se nesta ocasião para explorar os múltiplos diálogos sonoros que esta formação convida. Um encontro único para uma viagem na escuta e interação espontânea entre estes quatro inquietos improvisadores.


BIOGRAFIAS

José Lencastre é reconhecido pela sua versatilidade e abordagem inovadora ao jazz e à música improvisada. Ao longo dos anos, tornou-se uma figura central na vibrante cena de improvisação em Portugal, sendo conhecido pela sua capacidade de transitar de forma fluida por diversos géneros musicais dentro do universo da música criativa contemporânea. Com uma carreira prolífica, José contribuiu para cerca de 60 álbuns, dos quais 30 como líder ou co-líder. Esta extensa discografia reflete não apenas a sua dedicação à arte, mas também o seu compromisso em ultrapassar fronteiras e explorar novos horizontes criativos. Os seus álbuns receberam elogios de publicações prestigiadas como Jazz.pt, All About Jazz, Free Jazz Blog, Salt Peanuts, NYC Jazz Records e Ipsilon. A sua música está profundamente enraizada na crença de que ela possui um poder transformador e curativo. Esta abordagem reflete o seu compromisso em contribuir para um mundo melhor e mais harmonioso. Cada performance é pensada para criar momentos de introspecção, ressonância emocional e união, permitindo que a música transcenda as suas fronteiras tradicionais. José faz regularmente tours pela Europa, apresentando-se em festivais e espaços renomados como Area Sismica, Krakow Jazz Festival, Copenhagen Jazz Festival, Aarhus Jazz Festival, Dragon Social Club e Konfrontationen Festival. Além disso, é co-fundador da Phonogram Unit, uma editora criada durante a pandemia de 2020, com o objetivo de lançar música livre e contemporânea dos músicos associados. As suas colaborações estendem-se internacionalmente, trabalhando com músicos renomados como Peter Evans, Susan Alcorn, Michael Formanek, Raoul Van der Weide, Onno Govaert, Joost Buis, Margaux Oswald, Clara Lai, Dirk Serries, Martina Verhoeven, Eve Risser, Aleksandar Scoric, Sakina Abdou, Peter Orins, Andrew Lisle, Bart Maris, John Dikeman, Motoko Honda, Kresten Osgood, Albert Cirera, Zbigniew Kozera e Vasco Trilla, entre outros.

Mais INFO: https://www.joselencastre.com
https://joselencastre.bandcamp.com
https://www.instagram.com/ze_lencastre/
https://www.facebook.com/jose.lencastre.9

Carla Santana
Dedica-se a formas contemplativas de viver e trabalhar o som, criando paisagens sonoras através de field recordings, captações electro-acústicas, síntese analógica/digital e processamento de diversas fontes sonoras. Vive o som pelo seu potencial musical, mas também como objecto artístico. Apresenta as suas criações a solo (concertos, composições audio-visuais, actos sonoros, manifestos) sob o nome Quatroconnection. Participa regularmente em concertos de música improvisada com músicos dos mais variados espectros sonoros, em ensembles como Variable Geometry Orchestra, IKB, Isotope. Toca em duo de electrónicas com Carlos Santos. É membro de Quarto Com Luz (com Samuel Gapp, Michael Schiefel, Helena Espvall e João Valinho), Defiant Illusion (com Gonçalo Almeida, Maria do Mar, José Lencastre). Faz parte do colectivo de música improvisada experimental Lantana (com Joana Guerra, Maria do Mar, Maria Radich, Helena Espvall, Anna Piosik).
https://soundcloud.com/quatroconnection
https://www.instagram.com/carlasantana.qc/

João Valinho, natural dos subúrbios de Sintra, iniciou o seu percurso na música após a conclusão dos seus estudos em Belas Artes, procurando concebê-la nas suas práticas experimentais, com atividade no panorama fulgurante da música criativa de Lisboa, bem como em abordagens interdisciplinares com a dança e o teatro. Projectos em curso: MOVE (Yedo Gibson e Felipe Zenícola), Fashion Eternal, Sonic Tender, Rodrigo Amado Refraction Quartet, Quarto com Luz, Anthropic Neglect, Subplanar. Actuações em festivais incluem: Jazz em Agosto 2021, 2022, 2024, Oct-Loft Jazz Fest 2023 (China), SESC Mirada 2022 (Brazil), Serralves em Festa 2023, Spontaneous Music Festival 2024 (Polónia), Guarda in Jazz 2021, Portalegre JazzFest 2023.

Clara Lai - piano, improvisação e composição:
O seu trabalho enquadra-se na música improvisada e experimental. Interessada na exploração das possibilidades tímbricas, sonoras e harmónicas do instrumento através da livre improvisação, da composição e da interação com outras disciplinas artísticas. Atualmente reside em Barcelona, onde participa em diversos grupos e projetos, em colaboração com outros artistas e em formato de piano solo.




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Double billing •  Maria do Mar e convidados
Feb
8
7:30 PM19:30

Double billing • Maria do Mar e convidados

BILHETEIRA

Maria do Mar, violino e electrónica
João Camões, violeta
Catarina Custódio Silva, trompa
Ana Gonçalves Albino, guitarra e electrónica

FOLHA DE SALA

Mar/Camões
Maria do Mar, violino & João Camões, violeta
Um violino e uma violeta. Improvisação acústica, com o mínimo de amplificação possível. Maria do Mar e João Camões, dois músicos de formação clássica que desenvolveram técnicas extensivas para os seus respectivos instrumentos, sempre com o propósito de lhes multiplicar as capacidades físicas, para a criação de uma música que se pretende de pesquisa, exploratória e experimental. Mar tem-se apresentado ao público com os projectos Lantana, Arpyies ou Maihuma, em colaborações com Ernesto Rodrigues, Carlos “Zíngaro”, Joelle Léandre, Olivier Perriquet, Joana Guerra “Chão Vermelho”, Adriana Sá, Mia Zabelka, Sofia Borges, Adriano Orrú, Juan “Cato” Calvi, Maria Radich e muitos mais, e a solo, em vertentes que podem incluir performance, instalação e vídeo, como no caso de gRãO. 

Camões é um dos fundadores de grupos como Open Field, earnear e Nuova Camerata, emparceirado no palco e em disco com nomes como Jean-Marc Foussat, Bertrand Denzler, Carlos “Zíngaro”, Ernesto Rodrigues, João Paulo Esteves da Silva, Burton Greene, Elliott Sharp, João Lucas, Evan Parker e Frédéric Blondy. A sua parceria em estreia tem como fundamento a música escrita do século XX, partindo daí para o desconhecido.

 

Arpyies
Maria do Mar, violino e electrónica; Catarina Custódio Silva, trompa; Ana Gonçalves Albino, guitarra e electrónica
As três Arpyies de longas asas de abutre: estas mulheres aladas vêm agitar os sons e as gentes, e contradizer o status quo. Vindas de um lugar de inquietude, semeiam a mudança na sucessão inalterada da vida real. Virando tudo do avesso, como na mitologia, mas aqui e agora. O excesso nos máximos e mínimos audíveis, descendo para os densos graves da trompa ou subindo para a cristalinidade suja de uma guitarra. Estabelecendo o equilíbrio nos ares, chega repentinamente um violino em voo picado. Em outras alturas, as três deixam-se levar pelos invisíveis ventos, confundindo-se com eles.

“Feita de subtilezas, mas muito presente, a música revelada pelo trio Arpyies consiste num mergulho no Som e nas formas possíveis de o organizar” 
Rui Eduardo Paes

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Aniversário da Arte 2025  / Art’s Birthday 2025 • Sonic Figures Project
Jan
17
9:00 PM21:00

Aniversário da Arte 2025 / Art’s Birthday 2025 • Sonic Figures Project

BILHETEIRA

Aniversário da Arte 2025” / Art’s Birthday 2025 • Sonic Figures Project

transmissão em directo para a UER (União Europeia de Rádios)

Hugo Vasco Reis (composição e electrónica)
Trevor McTait (viola d'arco)

FOLHA DE SALA

Sinopse

[PT] "Sonic Figures Project" é um projeto de Hugo Vasco Reis, cuja premissa consiste na escuta e mediação de ambientes sónicos silenciosos, envolvendo experimentação, reflexão, colaboração e criação. Com base em gravações de campo de diferentes contextos políticos, económicos, sociais, estéticos e éticos, é apresentada uma concepção de sons presentes no meio envolvente, nem sempre escutados, devido às limitações da nossa audição. Reflete-se sobre a percepção e memória, incitando a uma nova consciência sónica da realidade “ausente” em que todos vivemos. Seguindo uma abordagem que inclui associações metafóricas, projeta-se um horizonte sónico de intenção, especulação e subjetividade, onde uma gota de água pode ser mais audível do que uma cascata.

[EN] "Sonic Figures Project" is a project by Hugo Vasco Reis, whose premise consists of listening to and mediating silent sonic environments, involving experimentation, reflection, collaboration and creation. Based on field recordings of different political, economic, social, aesthetic and ethical contexts, a conception of sounds present in the surrounding environment is presented, not always listened to, due to the limitations of our hearing. The project reflects on perception and memory, inciting a new sonic awareness of the “absent” reality in which we all live. Following an approach that includes metaphorical associations, a sonic horizon of intention, speculation and subjectivity is projected, where a drop of water can be more audible than a waterfall.

O Art’s Birthday 2025 – Euroradio Ars Acustica Special Evening – com transmissão em directo a partir de vários países, é uma celebração em homenagem ao artista francês Robert Filliou que declarou, a 17 de Janeiro de 1963, que a Arte teria nascido exactamente há 1.000.000 anos, quando alguém deixou cair uma esponja seca num balde de água! Cumprindo a tradição dos anos anteriores, no dia 17 de Janeiro a Miso Music Portugal e a Antena 2 juntam-se à Euroradio (UER) para mais um Aniversário da Arte – Art's Birthday 2025 com a transmissão do concerto "Sonic Figures Project", um projecto de Hugo Vasco Reis.

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